LEOPOLDO FROES
Leopoldo Constantino Fróes da Cruz nasceu em 30 de setembro de 1882 em
Niterói, RJ. Ator, estreou em Portugal em 1908. Voltando ao Brasil montou a
Companhia Leopoldo Fróes, que excursionou pelo Brasil e pela América do
Sul. Compôs quatro canções, sendo Mimosa sua única participação
cantando em disco, em 1921. Atuou também em filmes. Morreu na Suíça,
em 2 de março de 1932.
ORLANDO SILVA
Orlando Garcia da Silva nasceu em 3 de outubro de 1915, no Rio de Janeiro. Estreou no rádio em 1934 , pelas mãos de Chico Alves, tendo sido o primeiro cantor a ter um programa de rádio próprio. Um dos maiores cantores da MPB, produziu uma ampla e contínua discografia, gravando seu último LP, Orlando Silva, em 1973 pela RCA Victor, com músicas de compositores da época. Morreu em 7 de agosto de 1978, no Rio.
MARIO REIS
Mário da Silveira Reis nasceu no Rio de Janeiro em 31 de dezembro de 1907. Estudou violão com Sinhô, que o convidou a gravar um samba seu. A gravação elétrica propiciou o surgimento de cantores com menor potência vocal, e Mário Reis foi o primeiro deles. Foi contratado pela Odeon, onde bateu recordes de vendagem. Foi ele quem gravou o primeiro samba de Ary Barroso, seu colega na faculdade de direito, Vou à Penha. Passou a trabalhar em duo com Chico Alves, gravando 24 músicas. Até 1935, participou ativamente da vida artística em excursões internacionais, no rádio, nas gravações e no cinema, porém, um tanto recluso, começou a entrar em declínio. Aceitando um ' cargo público, afastou-se da música. Fez um ensaio de retorno em 1939, mas só retomou sua carreira nos anos 50, quando gravou antigos sambas de Sinhô. Em 1960, gravou seu primeiro LP com antigos sucessos, e em 1971, o último, com o título de Mário Reis, em que teve uma das músicas censurada— Bolsa de Amores, de Chico Buarque —, mas negou-se a gravar outra em seu lugar. Morreu aos 74 anos, no Rio, em 5 de outubro de 1981.
PIXINGUINHA
Flautista, saxofonista e compositor, Alfredo da Rocha Vianna nasceu em 23 de abril de 1897, no Rio de Janeiro. Aprendeu flauta com seu pai e, em pouco tempo, tornou-se um virtuose, também demonstrando um grande talento para a composição. Em 1919, formou os Oito Batutas, conquistando rapidamente a fama de melhor conjunto típico da música brasileira. Em 1922, embarcaram para Paris, custeados por Arnaldo Guinle. Ajudou o musicólogo Mário de Andrade na composição do Capítulo VII do livro Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, que trata da macumba. Foi indicado por Villa Lobos para arregimentar o grupo que gravou, em 1940, com Leopold Stokowski. Em 1933, foi convidado para fundar a Banda Municipal, mas, como preferia a pinga à disciplina militar, foi transferido para o cargo de Professor de Artes. Na segunda metade da década de 40, juntou-se ao flautista Benedito Lacerda numa parceria de muitos sucessos. Com problemas cardíacos e sucessivos infartos, morreu em 1973, aos 75 anos, durante o batizado de seu primeiro neto. Pixinguinha compôs cerca duas mil músicas em sua vida.