MUSEU 04
EDUARDO DAS NEVES DEO DINO 7 CORDAS DUQUE GADÉ FRANCISCO ALVES

EDUARDO DAS NEVES

EDUARDO DAS NEVES

Eduardo Sebastião das Neves nasceu no Rio de Janeiro em 1874. Palhaço de circo, foi um dos artistas mais populares do início do século 20. Junto com Bahiano foi um dos pioneiros das gravações fonográficas. Em suas composições, enaltecia e registrava os fatos da época, como na canção Santos Dumont (1902), em homenagem ao aviador, e Oh! Minas Gerais (1907-1912), em homenagem ao encouraçado comprado pela Marinha Brasileira. Essa música, baseada na canção napolitana Vieni sul maré, ficou famosa na versão que fala do estado de Minas. Morreu em 11 de novembro de 1919, no Rio.

Oh! Minas Gerais
Autor: Eduardo das Neves

DEO

DEO

Ferjalla Rizkalla nasceu em 10 de janeiro de 1914, no Rio de Janeiro, tendo se mudado para São Paulo em 1933, onde começou sua carreira na Rádio Cruzeiro do Sul com o Maestro Gaó. Gravou sambas de Ary Barroso que apreciava sua voz. Com a marcha Casta Suzana começou a ser conhecido no Rio. Em 1943, Ary levou-o para Rádio Tupi, no Rio, onde passou a viver. Seu grande sucesso foi com o samba Pra Machucar Meu Coração, de Ary Barroso. Gravou 136 discos com sambas de grandes compositores. Morreu em 23 de setembro de 1971, no Rio de Janeiro.

Faustina
Autor: Gadé

DINO 7 CORDAS

DINO 7 CORDAS

Horondino José da Silva nasceu no Rio de Janeiro em 5 de maio de 1918. Começou sua carreira em 1937 com o Regional de Benedito Lacerda, substituindo o violonista Nei Orestes, do qual teve grande influência. Em 1946, com a entrada de Pixinguinha no Regional, passou a dobrar seus criativos contrapontos ainda tocando um violão de 6 cordas. Essa convivência foi fundamental para que Dino desenvolvesse sua primorosa linguagem musical. Com a saída de Benedito em 1951, permaneceu no grupo, que passou a se chamar Canhoto e seu Regional. Em 1954 passou a tocar seu característico violão de sete cordas construído pelo lutier Sylvestre Delamare Domingos, que lhe deu o codinome. Nos anos 60, Jacob do Bandolim convidou-o para integrar o conjunto Época de Ouro. Como compositor, trabalhando com vários parceiros, fez 35 músicas, muitas gravadas por grandes nomes da MPB, e como arranjador trabalhou, entre outros, com Cartola e Guilherme de Brito. Morreu em 28/05/2006 no Andaraí, RJ.

DUQUE

DUQUE

Dançarino e compositor, Antonio Lopes de Amorim Diniz nasceu em 10 de janeiro de 1884 em Salvador, Bahia. Ganhou o apelido de Duque já no Rio de Janeiro, por sua elegância e leveza ao dançar. Indo para a França, tornou-se o maior divulgador do maxixe na Europa. Junto com suas parceiras, Maria Lina e Gaby, dançou até para o papa Pio XI, que "absolveu o maxixe". Obteve o patrocínio de Arnaldo Guinle para a viagem dos Oito Batutas à França. Compositor de Passarinho do Má, uma crítica ao então presidente Artur Bernardes, o Rolinha, morreu em 28 de setembro de 1953, no Rio.

Passarinho do Má
Autor: Duque

GADÉ

GADÉ

Osvaldo Chaves Ribeiro, pianista, nasceu em 23 de julho de 1904, em Niterói. Compositor de sambas bem-humorados, na maior parte deles teve como parceiro o baterista Valfrido Silva. Juntos, como instrumentistas, gravaram um LP em 1959. Morreu no Rio de Janeiro em 27 de outubro de 1969.

Faustina
Autor: Gadé

FRANCISCO ALVES

FRANCISCO ALVES

Chico Viola nasceu em 19 de agosto de 1898, no Rio de Janeiro. Gravou seu primeiro disco em 1919 com as músicas Pé de Anjo e Fala Meu Loro, composições de Sinhô. Voltou a gravar na Odeon 11 discos seguidos que o levaram ao sucesso, tornando-se recordista de vendas e a maior estrela da gravadora. Passou a trabalhar com os compositores do Estácio, principalmente Ismael Silva, também comprando muitos sambas deles. Gravou de Benedito: ACORDA ESTELA, ADEUS MOCIDADE, UM AGRADINHO É BOM, ATÉ A VOLTA, BRASIL, BRINCA CORAÇÃO, CARNAVAL DA MINHA VIDA, A DANÇA DO FUNICULI, DESPEDIDA DE MANGUEIRA, ELA TEVE RAZÃO, FALTA UM ZERO NO MEU ORDENADO, A LAPA, MEXICANITA, NEM A DEUS, NO MEU COLCHÃO, PALHAÇO, QUEM CHOROU FUI EU, TELEFONA LÁ PRÁ CASA, TORNA, TRISTE PIERRÔ, VERÃO DO HAVAÍ. Com Mário Reis, gravou 12 discos, sendo o último Fita Amarela, de Noel Rosa. Em 1935, lançou Orlando Silva em seu programa de rádio. Também incentivou a carreira de Carmen Miranda e Carlos Galhardo. Em excursão pela Argentina, em 1936, com Benedito Lacerda e seu Regional, foi ovacionado ao cantar um tango de Gardel logo após o próprio Gardel ter cantado. Em 1939, fez a primeira gravação de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Participou de vários filmes. Seus números são impressionantes: mais de 130 composições e 1.000 gravações, sendo 421 do início da gravação elétrica, de 1927 a 1930. Sem dúvida o maior e mais popular cantor de todos os tempos, conhecido como o Rei da Voz, morreu carbonizado em um acidente na Via Dutra em 27 se setembro de 1952, perto de Pindamonhangaba. Milhares de pessoas seguiram seu enterro. Foi a primeira vez que um carro dos bombeiros transportou um morto.

Tricolor
Autor: Benedito Lacerda